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sábado, 28 de janeiro de 2012

Hello

         

           Nos povos de Galiza, perto do majestoso Santiago de Compostela, ronda antiga lenda.  Uma vez por ano acontece aparição do Apostolo Santiago à um dos peregrinos. Há uns que ele visita nos sonhos, há outros que aparece como humano e ajuda seguir o seu caminho. 

           Eu, também sendo peregrino, ouvi várias historias sobre mágicos caminhos de Santiago. Em certas delas custa acreditar. Pessoas contam sobre milagres acontecidos e estranhas experiências vividas tendo a trespassar esses caminhos enigmas.  Mas pareceu me estranho tanta gente ter sido enganada, e aventurei-me a descobrir a verdade fazendo um dos caminhos de Santiago para sentir toda a sua magia na própria pele. 

Aqui vos conto a minha historia. Para alguém poderá parecer um simples conto para outros será uma indisputável  prova de que algo divino nesse mundo existe.

           Era no inicio de Outubro mas o verão ainda não se precipitava de ir embora. O tempo estava ótimo mas um pouco abafado. As árvores de fruta que eu encontrava pelo caminho deslumbravam com a beleza da sua fruta suculenta. Os passarinhos tomavam banhos de pó na terra quente. As casas das aldeias que trespassava cheiravam a fumo e feno. De longe, dos campos lavrados, o vento trazia cheiro da terra e estrume. 

O percurso do meu caminho começava em Padrão, pelo "Caminho Português" com a passagem em Santiago de Compostela, seguindo até Cabo Finisterra, pelo "Caminho Celta" que particularmente e era o meu destino final. 

Os caminhos de Santiago tem a sua origem muito mais antiga do que muitos pensam. Nos antepassados o seu destino final era o Cabo da Finisterra e não o Santiago de Compostela.  Os pés dos povos Celtas já pisavam estes caminhos muito antes da chegada da religião crista. O próprio nome Finisterra provem dos Romanos que chamaram este lugar assim na chegada porque lhes pareceu que era lá que acabava o mundo. O poderoso por do sol no horizonte marítimo fazia pensar que o sol morria no oceano para depois renascer no oriente. E mesmo por isso até hoje é salvaguardado o seu nome completo "Finisterre Costa de la Muerte".  

            Nos meus planos constava trespassar uma distancia de 132km em três dias fazendo uma media de 44km por dia. A ideia era calcular o tempo de forma que chegasse a Finisterra em hora do majestoso por do sol. Então saí de Padrão a tarde com intenção de não parar em Santiago mas pousar no primeiro albergue pelo caminho em Negreira, as onze da noite. Embora as paisagens eram das mais belas e o caminho não dificultava o passo, eu rapidamente percebi que a mochila com 17kg e calor do dia não faziam nada bem ao corpo por mais preparado que ele fosse. As horas passavam e eu seguia bem as setinhas amarelas que apareciam aqui e ocula agradando a minha consciência. Mas eixando para trás o Santiago de Compostela as marcações das setas eram cada vez mais escassas e começou a escurecer. Começaram os pequenos bosques que tive de  trilhar com a lanterna e cada vez mais devagar com o receio de me enganar no caminho. As forças do meu corpo já estavam prestes a acabar. Já não havia setas amarelas na estrada, apenas uns pilares de cimento com imagem da concha de Santiago de um quilometro a outro. Na escuridão era fácil perder a orientação e assim foi. 

Já era meia noite quando entrei numa aldeia rústica que ocupava ambas as margens de um pequeno rio. Uma lindíssima ponte romana trespassava o rio demarcando o meio da aldeia. Entrando na ponte encontrei as tão desejadas setas amarelas. Olhei para as horas e pensei que o albergue da Negreira já não deveria estar muito longe. Acelerei o passo e mergulhei novamente na escuridão dos bosques deixando as luzes da aldeia para trás. E aí parece que algum diabo me foi mexer na cabeça. Passando por uma estrada qualquer segui as placas que diziam Negreira em vez de reparar na indicação das setas e trilhar pelo monte. Grande admiração era a minha quando passado uma hora de caminhada cheguei a ponte romana da mesma aldeia que acabei de sair. As suas ruas estreitas estavam completamente vazias e não havia a quem perguntar o caminho. Estava exausto do acontecido e não tinha mais forças para continuar. Onde estas Santiago? Murmurei, e depois de mais meia dúzia de palavras muito feias coloquei o meu saco cama na saliência duma pequena barragem natural a beira do rio. A frente se via a ponte romana e pequenas cascatas jorravam a noite toda não deixando dormir em condições. 

             De manha acordei com muito frio e todo molhado por causa do orvalho e a humidade do rio. Sair do saco cama não foi fácil. Era frio de rachar. Os ombros doíam por causa da mochila. As bolhas nos pés também não eram pequenas e nada contava com elas já no primeiro dia. Mas os 50km sem parar não perdoam nada a ninguém. Batendo dentes, juntei as minhas coisas  e pus me no caminho novamente. O dia aqueceu e as minhas dores recuaram um pouco. Eu ia "tirando pa diante" como costumam dizer os galegos. As primeiras horas caminhava sozinho, mas a seguir encontrei-me com duas velhotas alemãs que também estavam em peregrinação. Eram mulheraças velhas mas cheias de força o que era muito admirável. Falamos tanto que até me cansou a língua. A uma da tarde paramos num albergue para almoçar e tomar banho. As velhotas disseram que já estavam cansadas e que decidiram parar para dormir nesse mesmo albergue. Eu disse que adorava de lhes fazer companhia, mas estava com pouco tempo e tinha de seguir até Olibeiroa que ficava a 30km. Elas desejaram-me sorte e trocamos contactos de telefone e endereços.  Até a hoje trocamos cartas de vez em quando...

              Durante muitas horas seguia o meu caminho sozinho pela estrada de alcatrão de baixo do sol que queimava impiedosamente. Não havia mais bosques tão amados por mim. A vontade de parar para descansar um pouco estava muito persistente! Os pensamentos padecidos atordoavam a minha mente. Precisava de algum apoio ou estimulo para continuar. Até que em fim, ao passar por perto de um bar reparei numa bela menina origem nórdica sentada na esplanada tomando uma cerveja. Ao seu lado estava uma mochila ainda mais pesada que a minha e dois bastões de hiking. Ainda de longe ela reparou em mim e deu-me um sorriso tímido e brilhante, depois acenou com a mão chamando para a beira dela. Obrigado Deus, os teus milagres são poderosos, pensei eu e sentei-me a beira dela. A miúda tinha vinte aninhos e dirigia-se sozinha desde Alemanha para Finisterra. Passado uma curta conversa pareceu-me que já conhecia essa miúda a vida toda. Demonstrativamente paguei as bebidas e seguimos em direção da aventura. Já não sentia cansaço e até fiz a proposta de levar a sua mochila, embora ela recusou a proposta. 



Era previsto que chegássemos ao albergue da Olibeiroa as onze da noite mas ficamos atrasamos três horas. Porem o problema não era esse. Estávamos cansadíssimos e com grande vontade de tomar um duche. Azar foi nosso quando soubemos que  já não havia lugares no albergue. Só de pensar que teria que dormir mais um dia na rua sobre o céu aberto não me animava a alma. O corpo precisava um descanso em condições, caso contrário, arriscava-se de não chegar ao destino em hora certa. Mas nada havia a fazer e eu propôs de ir ver um pequeno parque dos picnics ao lado do albergue. Lá tinha umas mesas de pedra que serviam para lazer dos peregrinos. O terreno tinha um relvado onde podíamos então colocar os nossos sacos cama. Mas houve um pormenor que estranhei logo que chegamos ao albergue. O parque de picnics não estava a minha vista logo que chegamos, mas eu misteriosamente já sabia a onde concretamente ele se encontrava. Ora, na minha cabeça soava uma voz sem parar: "Vai ao parque, vai ao parque, vem ter aqui comigo". Até passou um momento quando pensei que já estava começar a delirar por causa do cansaço. No entanto, na chegada ao parque a voz na minha cabeça parou.

             Grande admiração era nossa quando reparamos num homem sentado numa das mesas. Parecia que estava a nossa espera, embora não o conhecíamos de lado nenhum. O homem cumprimentou-nos em inglês. Quando perguntei o seu nome, ele respondeu com uma única palavra - "Hello".  - Sorry? Perguntei eu novamente. Em que ele respondeu-me mais afirmativamente - "My name is Hello!". A minha amiga, pensando que o homem devia estar a brincar por estar um pouco embriagado, começou nervosamente a procura de um lugarzinho para aterrar com todas as suas coisas. Embora o homem de facto cheirava me a vinho, o meu filing interior dizia que ele estava bem mais consciente do eu e minha amiga juntos. Então decidi insistir na conversa. Expliquei que passamos muitos quilómetros, estamos imensamente cansados e pelo menos seria bom tomar um banho antes de ir dormir, e se ele soubesse aqui de algum quarto quente, nem que tivéssemos de dormir no chão já seria excelente. A resposta foi aterradora - "Eu tenho tudo que vocês precisam" e pediu para o seguir. Primeiro mostrou onde estava o banho e depois levou nós para as traseiras do albergue onde estava um espigueiro. Será a vossa habitação para esta noite, disse ele, apontando o dedo para a pequena porta azul à que levava uma escada de madeira. 

Quando subimos e espreitamos para dentro percebemos que o espigueiro estava mesmo preparado para dormidas vip. As suas paredes estavam forradas com os restos de caixas de cartão para não passar o frio para dentro. Havia prateleiras e ganchos para por as coisas. Estava muito quente e aconchegador. Pareceu-nos bom de mais perante a situação que estávamos. Bem como era de estranhar que numa albergaria tão cheia de gente, onde vi muitos dormirem no chão logo a entrada, sobrou uma casita destas só para nós dois. Perguntei o Hello se ele era o responsável pelo albergue, mas ele disse que era apenas um peregrino como nós. Como então sabia arranjou este espigueiro só para nós até hoje não consigo perceber. Mas pronto assim foi e não é mentira. Eu e a miúda tomamos uma banhoca bem quente e trancamos a porta da nossa habitação paradisíaca. 

             
            De manha cedo acordamos para seguir o nosso caminho. Fomos os primeiros a sair, pelo menos assim me pareceu. Eu sentia um grande desgasto no corpo. Não sei porque, já no segundo dia não conseguia comer nada a sério. O corpo rejeitava carnes e pão. Apenas comia chocolates e bebia água. Com uma dieta destas era evidente que o corpo começasse apresentar os sinais de fraqueza. Mas a minha vontade de chegar ao destino era imparável. Apenas paramos para tomar o pequeno almoço no café junto ao albergue e seguimos o nosso caminho a passo largo. A alemã também era rija como uma pedra. Magrinha e durinha, dava gosto caminhar com ela.

            Nesse dia o pior desafio que passamos foi o "deserto do pensamento". Assim os peregrinos denominam uma área deserta que continua durante 20km sem uma única árvore e nem se quer tem água. O calor estava desgraçado! Talvez 40ºc, pelo menos sensação era essa.  A água acabou de pressa e aí começou o inferno. Pelo caminho até tivemos sorte de nós cruzar com uns italianos que surgiram de um outro caminho qualquer que se juntava ao deserto e ofereceram-nos um pouco de água. O pior que o fim desse deserto acabava com uma descida íngreme cheia de calhaus que se mexiam e desequilibrando o nosso passo. Carregados com mochilas pesadas era perigoso descer além de ser muito, mas mesmo muito cansativo. Os joelhos parecia que iam estourar. O que agradava bastante é que no final da descida dava para vislumbrar o oceano e alguma urbanização costeira. E até que em fim descemos. O fim da descida deu com uma casa, junto estava sentado um velhote apreciando a sua sombra. A primeira coisa que lhe pedimos foi água. A miúda sentia-se muito mal devido ao calor e  desidratação. O velhote lastimando mostrou  que apenas tinha um copo de água num jarrão, e explicou que houve alguma avaria na linha de distribuição e por isso não havia água em sua casa. Mas informou que a quinhentos metros atrás da sua casa havia uma fonte e seu quisesse podia ir lá buscar a água e assim trazia para todos. Lá fui eu com o jarrão do velhote e um par de garrafas na mão. 

Depois de um breve descanso descemos até uma pequena baía e tomamos um banho bem fresquinho. Foi muito bom! Porêm  o prazer não continuou muito tempo, o sal em contacto com o sol queimava a pele mais depressa e não demorei muito tempo a ficar vermelho igual a um camarão cozido. Mas pronto, seguíamos o nosso caminho na mesma. 

Finisterra já  não estava longe quando nós cruzamos com outra menina alma. "Vou ser o padre do bairro" pensei eu, abordando a rapariga com a minha conversa simpática. No entanto, ela não pareceu ter gostado muito da nossa companhia dizendo que estava atrasada para apanhar um autocarro em Finisterra e que depois podia perder o seu voo. Arrancou para a frente parecendo uma vala e nós ficamos a olhar.

           Passamos uma praia de arreia branca e entramos num passeio publico que levava até uma pequena cidade. Passando por uns trabalhadores que estavam fazendo obras numa das casas eu questionei os se faltava muito até Finisterra. Já estais aqui, disseram-me eles. A minha alegria era grande! Faltavam 3km para chegar a ponto final, o Faro da Costa da Morte. Mas ao passar por um dos mercados a miúda queixou-se que estava demasiado cansada e que pelo menos queria entrar no mercado para comprar algo para comer. Eu olhei para as horas e percebi que  - se entrava naquela hora nesse mercado nunca mais chegava a hora certa no destino. Pois tinha de chegar a hora do pôr do sol conforme dita a tradição dos peregrinos. Amavelmente despedi-me da miúda, explicando que a minha missão tinha que ser cumprida rigorosamente e que então podíamos nós encontrar novamente a noite no albergue municipal. Infelizmente, nunca mais nós encontramos posteriormente.

        Os últimos 3km o caminho era sempre a subir, mas eu parece que já não sentia nem dores nem cansaço. A ansiedade de chegar a meu magico destino abatia tudo. Pelo caminho reparei numa estátua de um peregrino que olhava para a longitude do oceano. Nas mãos da estátua algum peregrino pendurou as suas botas que tinham sido gastas, e engraçadamente, se enquadravam bem em todo tipo da paisagem que estava a sua volta. A beira estava sentada e a chorar a tal alemã que tinha tanta pressa para apanhar o autocarro. Dei-lhe um sorriso dizendo "see you in albergue" e segui para a frente.



Finalmente cheguei ao Cabo Finisterra! Junto a mim havia muitos peregrinos a chegar. Italianos, Ingleses, Holandeses, Espanhóis, todos alegres e cansados. Muitos sentavam-se nas rochosas pedras da costa abrindo as garrafas do vinho e festejando a sua chegada. O pôr do sol era mesmo poderoso! Já vi o pôr do sol centenas de vezes e em muitos lugares. Mas nunca vi um um pôr do sol tão grandioso como o da Finisterra! A gigantesca bola de fogo afundava-se no oceano fazendo-me sentir e ouvir vibrações. Eu não conseguia desviar o olhar do horizonte. Precipitadamente escrevi um juramento no meu sagrado bloco de apontamentos. Arranquei a folha querendo queimar a mesma de seguida mas o vento apagava a vela que tinha trazido para fazer o ritual. Então decidi lançar a folha pelo vento lendo-a antes em voz alta. Na hora quando abri minha mão para lançar a folha o vento tornou-se tão forte que tive dificuldade de segurar-me de pé. Um torvelinho pegou na folha e levantou-a tão alto para o céu que eu perdi a vista dela. A seguir tudo ficou quieto. Eu, cheio das sensações eufóricas fui saltando de uma rocha para outra em direção ao faro que se situava mais acima. De repente, na minha cabeça novamente começou a ressonar a mesma vos que eu já tinha ouvido na altura da chegada ao albergue da Olibeiroa. Desta vez apenas ecoava uma palavra, porêm muito frequente - "Hello, hello, hello, hello" A voz continuava sem parar até que eu ouvi alguém ao meu lado a dirigir-se para mim - "Hello Stanislav". Virei a cabeça e lá estava o tal estranho homem chamado Hello sorrindo para mim. Não sei o porque mas nesse momento dentro de mim houve uma grande explosão de alegria. Aproximei-me dele e dei-lhe um forte abraço. Depois os nossos olhares entrelaçaram-se e nesse instante reparei que os seus olhos eram muito estranhos. Eram completamente negros, como se fossem olhos de um tubarão. Não havia pupilas, tudo completamente negro. Não sei porque não fiquei incomodado com isso, nem quis fazer perguntas, antes pelo contrario, estar a beira dele sentia uma paz enorme. 

Antes da minha chegada, o Hello tentou queimar as suas meias, como tal consta na tradição finisterrense. No fim do caminho os peregrinos queimam as meias. Mas o vento maroto não permitiu fazer o mesmo por mais que o Hello não tentasse esconder as meias por atrás de uma pedra. O Hello dirigiu-se a mim  - "Se eu tivesse um bocado de papel seria mais fácil acender as meias, mas não tenho nada aqui." Eu fui vasculhar na minha mochila mas também não tinha nada, além do meu sagrado bloco de apontamentos. Então pensei o que é que vale um miserável pedaço de papel com pensamentos em comparação da força de uma bela amizade? Corajosamente arranquei varias folhas dos meus melhores pensamentos deitando as ao fogo. As meias arderam com força, apenas as pequenas cinzas sobraram por entre as pedras. Depois o Hello disse-me - "Eu sei o que essas folhas significavam para ti, fizeste um grande gesto! Conseguiste perceber uma grande verdade que se chama amor ao próximo. Isso chama-se estar aqui e agora e o resto não importa, apenas assim que a vida terrestre é bonita e corretamente vivida. Eu uma altura ajudei a ti e tu agora ajudaste a mim e não importa o quanto nisso foi gasto. Percebes?" Percebo, respondi, sentindo um  enorme espanto no meu peito.

            Enquanto voltávamos da costa em direção do albergue a nossa conversa ainda foi bem longa e sobre muitas das coisas sobre quais eu não posso contar, mas juro para ti meu caro leitor que tudo o que vivi nos caminhos de Santiago é uma mera verdade. A minha historia fica a julgamento da tua consciência e espero que um dia possas viver algo tão bonito como vivi eu. 

             O homem Hello saiu do albergue dizendo que ia fumar um cigarro e desapareceu sobre as circunstancias desconhecidas. Misteriosamente as suas coisas de viagem também desapareceram do sitio onde ele as deixou embora ninguém tinha sido a sair nem entrar no albergue após da sua saída naquela noite. Com amenina alemã que perdeu o seu autocarro tive um grande prazer de passar as belas horas a conversar por entre jantar um famoso polvo a moda galega. Depois de voltar para a casa a minha vida mudou drasticamente e eu nunca mais fui o mesmo. 




           

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Inspiração


O Abril, Maio, Agosto, Janeiro, tudo para mim é passageiro... O vento sopra uma vez e eu já não sou o mesmo e tu também não és! Os poemas que escrevi já não me provocam as lágrimas, apenas os momentos lindos que vivi fazem-me fechar as pálpebras. Fecho os olhos e sonho, no mundo feliz, no momento que minha alma o quis,  nos anjos e nos demónios, nos meus amores e meus pseudónimos. Mas seja lá como for abro os olhos e fico feliz, porque sou grato a aquele ser que nesse mundo me quis!  

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Velhice


- Olá, como esta? A sua passagem de ano foi boa?
- Olá ilustre! Foi muito boa, obrigado. Espero que a tua também...
- Somos um ano mais velhos...
- Aha-ha-ha-ha-ha-ha-ha
- Esta a rir de mim porque? Acha que eu sou muito novo para raciocinar assim?
- Nada disso amigo, eu rio-me da tua imparável vontade de nadar contra corrente...
- Com todo respeito desculpa-me perguntar mas o senhor acha alguma piada de ser velho? 
- Não, eu acho imensa piada de estar mias perto do céu do que tu...