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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Franqueza


Olhos nos olhos com franqueza, é tão difícil explicar o todo.
Que tem de mais, diz lá o que esta errado? Mas não, mantenhas o silêncio! De baixo a máscara alegre ocultas sentimentos todos. Com o sorriso sacrificas lábios, mas teus olhos não desmentem a tristeza. Pensando bem, que tenho eu do melhor? Com meu medo de dizer que mude para o pior. E assim, como planetas, somos eu e tu, parece estamos perto, mas cada um com seu destino. O teu vai por entre as estrelas, e meu pelo pó do Universo, entre inúteis sonhos pessoais a invocar franqueza – meu cativoOlhos nos olhos com a franqueza, é engraçado e triste, porque o teu símbolo é anarquia e o meu é loucura.

Árvore



Xiiiiiiiu xiiiiiiiu. Estão ouvir? A mãe natureza fala-nos. Ela diz que a partir de agora a nossa existência humana acabou… Ela transformou-nos em formigas, porque nós, seus filhos pródigos não fomos capazes de ouvir-lha com os próprios ouvidos. Estamos lançados no meio da floresta, extremamente verde, abundante e virgem. Abandonados, longe do nosso formigueiro, castigados, mas com alto poder de sentir, ouvir e observar. Sim, sim, vocês conseguem, basta acreditar… Quando eramos grandes não apercebíamo-nos que fortes turbilhões de vento provoca uma folha caída, e que horríveis terremotos e mortes, traz uma árvore deitada a baixo. Uma árvore robusta, verde, alta e crespa, que centenas de anos têm servido milhares de formas de vida diferentes. Uma árvore que suportou milhares de trovoadas nocturnas, cuidadosamente, guardando as gotas de água entre suas folhas, para oferecer a vinda do sol na madrugada, dizendo: tome ó meu criador, guardei essa água para ti, para agradecer o todo, quanto tu te empenhaste por fazer-me viver. Quando o sol, ria-se para ela, acariciando as folhas de raios quentes, respondendo: não quero caríssima, antes oferece essa água a tua mãe terra, porque nela estão as tuas raízes e dela os teus ramos verdes bebem quando estão sedentes. Plum plum plum plum plum plum, estão ouvir? Assim, caiam sobre o solo as cristalinas gotas de água. Não, a árvore não estava a chorar, apenas estava imensamente grata…