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sábado, 17 de janeiro de 2015

Último Poema de Merda


A onde nasce a poesia? Sai das mãos? Da boca? Ou apenas ganha a vida quando posta no papel? Difícil responder... Penso que fazer a filosofia nesse campo é escusado. Mesmo encontrando todas as respostas sobre a sua origem poesia não se tornaria melhor. O que a torna grande e o que vale mesmo não é a verdade dela, mas o que ela insere no mundo. E não se trata de gosto ou de desgosto, mas é de tudo mesmo, da imagem em si, da polissemia. De ai infiro que este será o meu último poema de merda. Escrevia os poemas bizarros para impressionar, para fazer amarros a mim mesmo, com palavras picantes, usando e provocando as emoções humanas de forma indigna. O que ganhei com isso, aplausos? Jogo de ironia, o suspiro de horizonte, tentei ser hipócrita, fiz todo possível, mas não consegui, esgotou a fonte... Eu triste poeta, o que posso ter? O que posso eu ser? Não! Chega! Eu sei que sou livre de não cometer a maldade! Deixa lá, não posso ter o saber, mas sempre fico na dúvida, escrevendo poemas de merda, o que valho eu para a minha cidade?