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domingo, 24 de julho de 2011

Pensamentos em Vão


O caminho do meu labirinto passa numa escuridão espessa e começa a parecer-me que a saída é uma coisa que sou eu que gostava de encontrar, mas não é uma coisa que realmente pode existir... Ajoelhado aos apalpões, constantemente, vou encontrando velas. Acendo-as, mas elas vão derretendo, são pouco resistentes, umas mais, outras menos, todas acabam por arder... Mas seja como for - iluminam, permitem prosseguir com uns passos a frente. Ademais caminhar dentro de um corpo humano é uma experiência interessante, embora seja prisioneira, porque quando quero abrir as minhas asas negras e voar, não posso, a concha da carne aperta-as... Tento resgatar-me a sair pela boca, mas o máximo que consigo é olhar o mundo que está por fora. Sento-me, pego numa faca e corto a pele. Sinto como o calor do sangue trespassa pelo braço acabando no chão com abundância. Com interesse observo a ferida do corpo que esta calmo e nem se quer demonstra algum protesto, sinto a sua dor, analiso-a... Depois resgato a alma do meu peito, ponho-a enjaulada entre as garras nas palmas das minhas mãos e sopro-lhe um bafo das recordações mais horrorosas que ela já tenha vivido. Com fogo azul nos olhos observo como ela se agoniza e expulsa os gritos penetrantes sem encontrar um sitio onde estar quieta... De repente, o eco do meu riso louco e perturbador preenche o escuro vazio do labirinto... Quando o silêncio está de volta, percebo que tenho de ir... Agito o meu corpo já meio inconsciente, levanto-me e continuo a andar lambendo o sangue...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eu comprometo a ser humano!



Quando um comboio parte há sempre aqueles que vão embora para sempre e aqueles que ficam.

Um dia tu também terás de partir para sempre e eu terei de ficar, mas antes que isto acontece eu comprometo-me que farei tudo para que estejas preparado para este teu caminho. Para qualquer pergunta que me farás, encontrarei a resposta certa. E quando estarás triste, estarei sempre perto para te compreender. Te protegerei de todos os teus medos e incertezas e ensinarei a ser forte e amar a vida, e saber apreciar cada seu momento... Do meu peito resgatarei um bocadinho de mim e deixarei na tua alma para sempre. Assim, quando a vida te pousará ajoelhado, bastara pronunciares, sussurrando, o meu nome e te levantarás. E quando a tristeza fechara em ti as suas algemas, - bastará recordar as minhas palavras para começar viver de novo... 

Tudo farei para o teu bem... 

sábado, 16 de julho de 2011

K. Eros


        As ervas no fim de Julho, como já era o costume, estavam amarelas e meio secas. O calor era desgraçado, até os poderosos carvalhos, que rodeavam o percurso do meu caminho, ganharam a sua cor verde escura, e parecia gemiam. Mas eu era muito jovem, tinha dezasseis anos, um corpo magro e muito atlético, (visto que já praticava o atletismo muito a serio), esses dez quilómetros a frente, com quarenta graus de calor, não me assustavam nadinha. Ademais eu era alto e os meus passos eram largos, caminhava-se muito rápido...

       Já eram três da tarde, o sol estava bem alto e queimava os meus ombros já bem bronzeados. Pois eu fazia  muita praia. A lagoa, a onde-me dirigia, era enorme, rodeada de lindos bosques e tinha muitas prainhas limpas de arreia branca, algumas, muito escondidas, que pouca gente conhecia...  

       Os quilómetros passavam rápido, e não era de admirar, eu ia cheio de esperança e pensamentos eufóricos.  Foram várias vezes, quando eu, a essa hora, voltava da pesca reparando em duas belas raparigas, passando por uma dessas prainhas escondidas. Hoje tinha decidido ir até essa prainha pela mesma hora para investigar, cheio de esperança, e não era sem o motivo, cada vez que lá passava o meu olhar cruzava-se  com olhar delas...  

        E não há palavras para transmitir a felicidade minha, quando nesse dia também lá estavam as "sereias". Eu aproximei-me a elas, cumprimentei amavelmente e perguntei se a agua hoje estava boa. Logo que recebi sorrisos e respostas optimistas, a minha audácia não parou por ai e pedi licença de por a minha toalha a beira delas. E foi bem aceite... Esticando bem o meu corpo aos raios do sol tirei as minhas roupas suavemente , ficando apenas em cuecas, os calções de banho nem se quer tinha trazido. Deitei-me, observando-lhas. Ambas estavam molhadas, tinham saído da água antes da minha chegada. As duas eram loiras mas com seu cor de cabelo bem diferente, uma, a mais alta e magrinha, tinha o muito comprido e de cor do sol, tão lindo que eu nem se quer conseguia desviar o meu olhar. Outra tinha o cabelo branco, mas natural, notava-se logo que não era nenhuma pintura, e o seu corpo estava mais fofo e robusto, mas com cada linha muito bem definida, a sua pele branquinha e perfeita. As duas eram bem mais velhas que eu, constantemente trocavam uns olhares astutos e  risinhos uma com outra. Eu continuava armar-me em inocente, alimentando-as com as anedotas mais depravadas que um ser humano alguma vez podia conhecer. Depois a mais magrinha propôs que jogássemos as cartas e não foi má ideia.  Para o jogo fosse mais cómodo sentamos-nos. Eu sentei-me no rabo, abrindo vulgarmente as minhas pernas, demonstrando na perfeição, vocês sabem o que... Mas que admiração foi minha quando as raparigas fizeram o mesmo! O fino tecido dos seus biquínis sublinhava lindamente todos os pormenores. Ambas tinham os lábios vaginais grossos e as cuequinhas entravam no meio deles, fazendo uma espécie de lacuna. Já não digo nada dos seus seios, grandes como melões, com os bicos que parecia podem picar. Eu já não conseguia pensar em jogo, começava a ficar tolo, constantemente tinha que me controlar psicologicamente para não ficar excitado. Mas era quase impossível, o meu pénis crescia pouco a pouco... Embora a vergonha não tinha nada a ver comigo, finalmente inventei que ia dar um mergulho. O calor não estava em falta e as "belas" decidiram acompanhar-me... Entramos na água e nadamos um pouco juntos, depois paramos a falar sentados, apanhando as pequenas ondas que o vento quente trazia. Eu confessei que essa praia era muito raro haver gente e que eu vinha cá muitas vezes sozinho para nadar nu... Em que a mais alta não demorou a responder, na tentativa de me envergonhar, talvez...- "e o que é que te impede agora?" Mas não era por ai... Eu levantei-me, virado de costas para elas e tirei as minhas cuecas, lançando as para as mãos delas. Ouvindo risos e aplausos segui para águas mais fundas. Quando virei-me para trás as raparigas já estavam nuas seguindo na minha direcção. Uma vez que elas entraram na água mais funda eu mergulhei e passei nadando no meio das pernas de cada uma, apreciando de perto as suas vaginas lisinhamente bem rapadas. Agitei bastante a água para elas sentirem lá um toque leve e agradável.  Uma delas disse - "tu nadas muito bem, tens muita força, posso nadar encima de ti?", claro - disse eu e deixei-a subir por cima de minhas costas. Logo senti que as ceias dela estavam tesas. Ela agarrou-se tanto a mim que os nossos corpos pareciam estar colados. Apesar da água estar fresca, sentia bem o calor dos seus lábios vaginais numa bochecha do meu rabo. Mal eu queria começar a nadar, quando a mão dela deslizou para o meu falos, já imensamente duro e aprumado. A outra rapariga, dizendo vamos para a toalha, deu-me um beijo suave na bochecha direita. Passado segundos já estávamos fora da água. Eu pus-me encima da tolha a pé e nervosamente encostei a rapariga baixinha ao meu corpo, enchendo-lha de beijos loucos. Mas a mais alta pós-se atrás de mim e disse - "tenha calma miúdo, nós fazemos tudo", depois fazendo a pressão nos meus ombros, ajoelhou-me e encostou-se justamente a mim. A mais pequena, agachada, dava uns suaves beijos no meu pénis, mas sem chupar nele e a mais alta masturbava devagar a mim e a ela ao mesmo tempo... Eu senti tanta excitação que a cabeça começou andar-me de volta, pelo respeito segurava o orgasmo, pois era ridiculoso vir-se passado dois minutos... Mas as pré-ejaculações deram logo a saber do que se passava. A baixinha disse - "queres vir-te? Esteja a vontade, ainda temos vários orgasmos pela frente." Vamos lá então, disse a mais alta... Vamos, disse eu... A baixinha mergulhou  a sua cabeça no meio das minhas pernas e pós-se a fazer o cunilingus a outra. E a alta começou a masturbar-me ainda mais intensamente, mordendo os meus ouvidos. A baixinha gemia e masturbava-se com muita pressa. Eu pós as minhas mãos nos seios dela observando como a mão da outra descia e subia pelo meu pénis fazendo os meus testículos abalar sensualmente. Passado segundos já estávamos a vir-nos todos ao mesmo tempo. Todos gritamos atordoados pelo prazer, parecia vai trovejar na cabeça. A minha esperma na abundância de gotas quentes sobrava para os abdominais da baixinha....

        Depois cansados nós deitamos abraçadinhos, de vez em quando oferecendo uns beijos. A alta não parava de brincar com a minha pila que já estava precisar descanso depois de uma sobrecarga tão elevada. Mas a baixinha pelos vistos já recuperada do cansaço pegou no meu pénis e começou a chupar devagarinho, engolindo todo o seu comprimento. Eu disse que me doía e pedi para esperar mais um bocadinho, ela pareceu obedecer, mas afinal não era bem assim... Sentou-se no rabo com as pernas abertas mesmo a beira da minha cara, pegou numa faca e o melão que elas tinham trazido, cortou uma fatia e encaixou a com aparte mais fina pelo meio dos lábios da sua vagina suculenta, esfregando de cima para baixo. Depois trouxe essa mesma fatia até a minha boca, e enquanto eu comia, a minha pila, que estava na mão da alta, ficava cada vez mais dura e grossa. Depois a alta subiu para o meu pénis e a baixinha para a minha cara, colocando a sua vagina sobre a minha boca. Eu agarrei a baixinha no rabo fazendo assim ainda mais peso sobre a minha boca, e tudo começou de novo...

Amam e sejam amados! :) 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Tempo




Tempo!... Tempo... Tempo, tempo, tempo, tempo, tempo!!!....... Passa demasiado rápido! Outras vezes devagar...  A memória ainda extrai  os lindos momentos da minha infância como se eles passassem a um segundo atrás. Os dias quentes de verão, ai quantos já passaram pelos meus pés sempre descalços... E os Invernos nem se quer me lembro deles, talvez um bocadinho só... Mas os Verões da minha infância... Quantos eles já foram! Lembro-me de tudo, basta o sol beijar a minha testa cansada e começo a recordar. Mas tudo, tudo mesmo! Os meus joelhos e lábios feridos das porradas constantes com os miúdos dos bairros vizinhos. As picadelas das vespas e outros bichos, a minha barriguinha sempre nua e suja. A carinha e o cabelo - bem queimados ao sol... Os telhados sobreaquecidos a cheirar resina, cheios de pombos, tão desejosos de os apanhar, e com as  suas vistas encantadoras que de la de cima se abriam para onde acabava a cidade e começavam os bosques, e as lagoas...  E o doce sabor dos melões e melancias roubadas, a papar entre os risos dos meus amigalhaços bandidos, assim como eu. Aqueles bandidos que tanto entraram no coração que mesmo agora passado quinze anos de eu não os ver, dava a vida por qualquer um deles! E aquele cavalo que me levava num louco galope a fugir da sombra do sol poente. E aqueles momentos de silêncio no crepúsculo, quando eu estava sentado no solo, ainda quente, a escutar o cavalo mastigar a erva...  E aquela miúda que me dava tantos beijos inocentes... Ai tempo! Tempo, tempo, tempo, tempo!!! Mas quando recordo tu paras, paras oh furioso! Sei bem que paras!....