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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Luz Para Ti!


Para uma mente triste a luz do dia não existe! A linda melodia torna-se obscura. Palavra boa e franca nunca considerada como a segura. O vento leva cinzas pela alma triste e escura, os pensamentos estão dispersos, já não se sabe diferença entre normalidade e loucura. Mas ao contrario da mente triste existe mente optimista! Quando a mais triste melodia caricia o ouvido e sacia. Quando da boca saem as palavras que toquem coração que fortalecem almas. Quando abraço de amor nós faz mover montanhas e ultrapassar a qualquer pavor. Quando ideias ganham asas e simples letras formam frases. 
No mundo tudo contamina: tristeza - é veneno, luz na mente - vitamina!  

sábado, 1 de setembro de 2012

Noite de Magos


A lua estava cheia. Situava-se mesmo no alto do céu, lembrando um lampião olhando para baixo. Sua forte iluminação sobrava para um estreito caminho de terra que serpenteava pelo meio da ravina rodeada do bosque de acácias e carvalhos.  Parecia um amanhecer em plena noite... O avassalador silêncio fazia ouvir o sussurro das águas de baixo da terra, toda espezinhada de animais agrestes. A leve e fresca rajada do vento inclinou as altas ervas e flores como se as quisesse pentear. E os velhos carvalhos responderam com o murmúrio das suas folhas verde-escuro. O ar estava fresco mas a terra ainda respirava o poderoso calor do fim de Agosto. Tão leve como o vento, no caminho apareceu uma silhueta que parecia ser humana. No solo coberto de luar reflectiam três sombras que provinham dela. Com uma mão, passou vários metros, acariciando as copas das ervas que decoravam a berma do caminho. E começaram a cantar os milhões de grilos e cigarras. Depois, destinou as suas mãos à terra, como se agarrasse em algo invisível e fez suavemente subir-lo para cima. No leito da nascente de um riacho seco começou a bater água, molhando os calhoes negros, fazendo os brilhar como diamantes. Uuuuu...  Huu-hu-hu-huuu... imitou o homem a voz da coruja. E logo, em resposta, do fundo do bosque, ouviu-se a voz duma coruja verdadeira. O caminho deu com uma clareira, rica de ervas altas e cheiros diversos. Tudo ficou calado novamente. Mas divinal silêncio não demorou a ser perturbado por um sussurro do homem que embora sussurrasse parecia fazer eco em toda a floresta. Snip... snip... snip...   tesourava a mão do homem pondo as flores do Cardo num pequeno saco de tecido.  Com isso não parava de sussurrar algo que não dava para perceber... Na escuridão da floresta ouviu-se vários barulhos de partir as galhas. Quando tinha acabado encher a saca, caminhou até ao centro da clareira e acenou com a cabeça para os quatro lados, mantendo as mãos na posição da mantis. Antes de partir, ainda ficou uns momentos olhando para a lua e respirando profundamente. Uma nuvem negra tinha coberta toda a lua, quando o agudo grito de uma coruja penetrou a espessa escuridão do bosque...

"Dizem que as bruxas não existem, mas que as há, há!!!" (proverbio popular)