Xiiiiiiiu xiiiiiiiu. Estão ouvir? A mãe natureza fala-nos.
Ela diz que a partir de agora a nossa existência humana acabou… Ela
transformou-nos em formigas, porque nós, seus filhos pródigos não fomos capazes
de ouvir-lha com os próprios ouvidos. Estamos lançados no meio da floresta,
extremamente verde, abundante e virgem. Abandonados, longe do nosso
formigueiro, castigados, mas com alto poder de sentir, ouvir e observar. Sim,
sim, vocês conseguem, basta acreditar… Quando eramos
grandes não apercebíamo-nos que fortes turbilhões de vento provoca uma folha
caída, e que horríveis terremotos e mortes, traz uma árvore deitada a baixo.
Uma árvore robusta, verde, alta e crespa, que centenas de anos têm servido
milhares de formas de vida diferentes. Uma árvore que suportou milhares de
trovoadas nocturnas, cuidadosamente, guardando as gotas de água entre suas
folhas, para oferecer a vinda do sol na madrugada, dizendo: tome ó meu criador,
guardei essa água para ti, para agradecer o todo, quanto tu te empenhaste por
fazer-me viver. Quando o sol, ria-se para ela, acariciando as folhas de raios
quentes, respondendo: não quero caríssima, antes oferece essa água a tua mãe
terra, porque nela estão as tuas raízes e dela os teus ramos verdes bebem
quando estão sedentes. Plum plum plum plum plum plum, estão ouvir? Assim, caiam
sobre o solo as cristalinas gotas de água. Não, a árvore não estava a chorar,
apenas estava imensamente grata…
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