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domingo, 22 de maio de 2011

Molestia


Tudo me estorva neste mundo inquietante... Estou olhando ao meu redor e simplesmente não percebo como vim parar aqui, e o mais perturbante - para quê? O corpo está sempre pedindo algo: comida, prazer, descanso. Estou farto de o suportar... A alma não para com as tempestades e trovões, sendo uma fúria louca. As pessoas com quem valia a pena abrir um diálogo já partiram há séculos... O meu espírito anda à procura do destino, perscrutando para dentro do peito dos outros, na esperança de encontrar um assim, distinto...

O meu olhar penetrante lança-se com velocidade para o fundo de um abismo. Um passo para a frente e já está... É tão simples e fácil - o corpo morre... Passado um tempo apenas a terra se lembra de ti...

Mas o que é que adianta? Se entre os anjos não poderei estar e os demónios me fogem ...

4 comentários:

  1. Um texto muito interessante. Houve alturas em que senti o mesmo. Sobretudo essa sensação de deslocação no tempo. As mentes que amava pertenciam a outras épocas. Depois tive receio, medo de ser daquelas pessoas que só olham para o passado e perdem o melhor da sua época. Dei um passo para a vida. Na morte, nem só a terra se lembra, fica de nós o melhor, as obras, o amor que trocámos com outros, as nossas partículas que farão parte de outros seres. Na natureza nada se ganha, na se perde. Tudo se transforma.

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  2. Cara amiga, não tenho a capacidade de responder-lhe essa questão agora... Mas agradeço imenso o seu comentário tão observador...

    Bjs...

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  3. Olá Jokinhas, não me apetece, mas se tu queres que assim seja - assim será! )))

    Grande abraço meu irmão... :)

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