Pelos caminhos poeirentos cruzava as montanhas. Fui a procura da alegria e não encontrei... Apenas o vento forte e frio soprava nos meus ouvidos, falando-me algo... Mas eu não queria ouvir os seus conselhos. Mergulhado nos meus pensamentos mais profundos, na tentativa de perceber o que faltava para a tal desejosa sensação, subia cada vez mais alto, parecendo-me que lá nas copas das montanhas é que esta ela - alegria. Cheguei ao cumulo de mundo, pelo menos assim pareceu-me. Esperava de conseguir novamente o prazer de sentir-me pequeno humano no meio desta poderosa paisagem rochosa, onde as copas das montanhas arranham o céu e o sol queima os quatro horizontes. Esperava de sentir-me pequeno mas assim não aconteceu... Talvez porque a alma sofrendo também cresce e ganha resistência? Se a alegria é composta pelos curtos momentos da vida, porque não conseguimos viver apenas com as belas recordações?
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