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sábado, 28 de dezembro de 2013

Ter



Ter tudo nunca significa ter tudo. Significa ter, sem ter o impossível. E é bom ter tudo em quanto o queremos ter, e em quanto não nós toca desejar o impossível. Mas quando tudo não importa, quando o tudo é apenas uma imagem e o impossível é a realidade da própria existência? Quando assim, como é Humanos, pergunto vos eu? A Alma cai nas trevas... Não dá para se suicidar de novo... Nem dá para escapar no mundo dos sonhos porque estes em vez de serem loucos e delirantes devolvem-me à realidade das vidas passadas. Vidas passadas com desejo do impossível sempre presente. Vidas que prefiro não lembrar. É tão difícil morrer... É tão difícil deixar de existir... A alma condenada à existência nenhum Demónio é capaz devorar. Único capaz de algo mudar é o magno e todo poderoso Deus que me condenou a vaguear entre mundos a pensar em ti... E entre tanto passado eu procuro e não encontro, tento lembrar e não me lembro, do momento quando cometi o erro, para poder pedir o perdão a Deus. E não me lembro... Não me deixam lembrar.

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