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sábado, 29 de novembro de 2014

Transformação


Entre os cobertores fofos e brancos, perco a entidade própria. As línguas de frio lambem as precianas. Três da manha, badalaram as campanas. As janelas e porta bem fechadas, nada passa. Nada se passa. A Alma no corpo, encolhido, envolto de algodão, não sente nada, a vela negra esta apagada. Muitos vultos silenciosos vagueiam de volta da cama, ansiosos. Quatro paredes, vacum do quarto trancado. Fluem os sonhos pelo ar, o corpo dorme, quente, e eu desesperado, passo a passo, saio do laço, deste mundo do fracasso. Para um mundo possessível onde nada para mim é impossível. Vou, corro, fujo pelo ar, as trevas abraçam-me, oh sim! Novamente posso voar! Vou dar um passeio... Para que discutir com humanos quem e de que sofre mais? Dar pérolas aos porcos  não me interessa mais. 

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