Entre os cobertores fofos e brancos, perco a entidade
própria. As línguas de frio lambem as precianas. Três da manha, badalaram as
campanas. As janelas e porta bem fechadas, nada passa. Nada se passa. A Alma no
corpo, encolhido, envolto de algodão, não sente nada, a vela negra esta
apagada. Muitos vultos silenciosos vagueiam de volta da cama, ansiosos. Quatro
paredes, vacum do quarto trancado. Fluem os sonhos pelo ar, o corpo dorme,
quente, e eu desesperado, passo a passo, saio do laço, deste mundo do fracasso.
Para um mundo possessível onde nada para mim é impossível. Vou, corro, fujo
pelo ar, as trevas abraçam-me, oh sim! Novamente posso voar! Vou dar um passeio...
Para que discutir com humanos quem e de que sofre mais? Dar pérolas aos porcos não me interessa mais.
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