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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Nos versos vive meu alivio


Eu ponho nos versos pensamentos diversos,
O gérmen que cresce da lama

Transformo em palavras no papel extensas!
Lindas... Profundas... Tristes... Intensas...

Tu lês. Demoradamente pensas.
Por vezes deixas-te levar, viajas, à procura do proveito
Pelos caminhos do meu universo imperfeito.
Por trás dos elogios resumes - não tem jeito.

Perguntas-me, então, porque escrevo?
Apenas para ti, ocultamente, responder me atrevo.
No meu interior há um demónio que levo,
É ele que pede que escreva...

Nos meus vales ele localmente dança,
Gerando fúrias do fogo suprime minha esperança,
Mata minha alma, queima, e cinzas pelo vento lança,
Seguindo ressuscita-me de novo e com destruição avança.

Nos versos vive meu alivio.
Ouvindo-os, demónio obtém a calma.
Quando escrevo, florescem cerejeiras nos jardins.
Riachos vão verdejar os vales decorando a alma...


2 comentários:

  1. Teus poemas são difíceis, mas são assim e claro que quem gostar de poesia, tem também que fazer um esforço para compreende-los. Eu ainda tenho a sorte de conhecer o autor e poder tirar dúvidas.

    Mas agora queria falar-te sobre a tua frase: nada é o que parece e nada parece aquilo que é… de facto é bonita e presta-se para reflectir sobre uma data de coisas. Eu também penso assim sobre uma série de coisas, de pessoas, de factos, em fim…este mundo é feito de tantas aparências, de tanta vaidade, de tanta coisa vazia –a começar pelas pessoas. E já alguma vez pensaste que “nada há de novo baixo o sol”. É todo um eterno repetir de eventos, de coisas que já aconteceram e que vão voltar a acontecer… e quando alguém te diz: olha isto é uma novidade, uma coisa nova..se pensares bem, essa “coisa nova” já aconteceu e vai voltar a acontecer…

    Abraço,

    Javier.

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  2. Pensamentos profundos e de uma alma que extravaza a transparência do que por vezes é difícil de expressar.
    Continua pois somente nisto és bom.

    Jairo

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